Olá, pessoal!
Já faz um tempinho que eu planejava criar uma categoria de "Precisamos Falar Sobre" aqui no blog, onde pudesse falar sobre assuntos mais amplos, só não sabia ainda ao certo sobre qual tema falar para a "estréia". Foi então que, após ler o livro "Em Águas Sombrias" da autora Paula Hawkins, eu cheguei a conclusão de que precisamos falar sobre gatilhos literários.
Mas o que são gatilho? A gente te explica! Todos nós, sem exceção, temos gatilhos emocionais. Você com certeza já passou por alguma situação onde alguém faz um comentário em tom de “brincadeira”, que pode não significar nada para outras pessoas, mas que acaba te deixando totalmente desestabilizado pelo o resto do dia. De repente, você se sente deslocado e tendo um ataque de ansiedade, depressão, culpa ou vergonha.
Te pareceu familiar? Acredito que sim. Pois no nosso dia a dia acabamos nos deparando com diversos gatilhos, dos mais leves aos mais intensos, e em qualquer lugar. Ele chega assim, sem avisar, e te tira do seu estado de graça e tranquilidade.
Não é algo tão simples assim reconhecermos quais são os nossos gatilhos. Acredito que demande tempo e um certo nível de auto conhecimento e atenção. Saber quais são nossos gatilhos é importante para saber como vamos lidar com certas situações e como iremos agir diante de certos acontecimentos, mesmo que a gente acabe por ficar inabilitado(a).
E aí vocês me perguntam o que isso tem a ver com os livros. Ora, tem tudo a ver! Vamos e venhamos que ao lermos um livro, na maioria das vezes, criamos um laço profundo com a história e com os seus personagens, passamos pela velha conhecida catarse, e acabamos por nos sentir parte da história.
Caso o enredo do livro da vez seja no mínimo leve, é comum de se imaginar que você irá ficar com o humor tão leve quanto durante a leitura, porém imagine que você está lendo um livro conturbado que, assim como o livro "Em Águas Sombrias", trate de assuntos como: suicídio, abuso sexual, pedofilia e feminicídio. Nada leve não é mesmo?
Não necessariamente você precisa ter passado por situações como essas para que a abordagem desse assunto seja um gatilho para você. O assunto pode simplesmente te incomodar por ser tão real e terrível, você pode ter um conhecido que passou por algo igual ou lembrar de um caso que te marcou porém ocorreu com alguém de outro país e você soube por uma reportagem. Isso se chama empatia, um sentimento muito comum, que pode ser mais forte em algumas pessoas.
O preocupante dos gatilhos literários é que nem sempre há um aviso prévio sobre os mesmos nos livros. É normal de se imaginar que caso você vá ler livros como: "Os 13 Porquês", "Eu Estive Aqui" ou "As Vantagens de Ser Invisível", vários possíveis gatilhos estarão presentes, mas o que fazer quando o livro simplesmente não lhe parece ser do tipo que vai te levar para uma bad, na melhor das hipóteses, e no meio da leitura lá esta seu gatilho?
Volto a bater na tecla do livro "Os 13 Porquês" pois há pouco tempo livro foi adaptado para série e foi simplesmente um sucesso enorme, que acarretou em diversos memes e campanhas sobre o suicídio ou sobre como é importante nos colocarmos no lugar dos outros(e lá vai setembro amarelo). Porém muitas, e foram muitas pessoas mesmo que vi comentando sobre (inclusive me incluo nesse grupo), alegaram não se atrever a assistir a série devido aos gatilhos. Só consigo imaginar no estrago emocional dessas pessoas caso assistissem a série do momento sem o conhecimento prévio de seu conteúdo.
Em suma, a mensagem que pretendo passar com esse post é a de que: se o livro lhe parece um pouco pesado, ou for tomando um caminho um tanto preocupante, pare, pesquise um pouco sobre ele e procure comentários de pessoas que já o leram. Apenas procure saber se você consegue enfrentar a abordagem de tal assunto ou se é melhor recuar. Afinal, tudo bem evitar certas coisas às vezes, não quer dizer que você está sendo fraco(a), só está cuidando de você mesmo(a). Também não quer dizer que você nunca mais lerá tal livro. Espere o momento certo, quando você se sentir forte o suficiente, e boa leitura!
Caso o enredo do livro da vez seja no mínimo leve, é comum de se imaginar que você irá ficar com o humor tão leve quanto durante a leitura, porém imagine que você está lendo um livro conturbado que, assim como o livro "Em Águas Sombrias", trate de assuntos como: suicídio, abuso sexual, pedofilia e feminicídio. Nada leve não é mesmo?
Não necessariamente você precisa ter passado por situações como essas para que a abordagem desse assunto seja um gatilho para você. O assunto pode simplesmente te incomodar por ser tão real e terrível, você pode ter um conhecido que passou por algo igual ou lembrar de um caso que te marcou porém ocorreu com alguém de outro país e você soube por uma reportagem. Isso se chama empatia, um sentimento muito comum, que pode ser mais forte em algumas pessoas.
O preocupante dos gatilhos literários é que nem sempre há um aviso prévio sobre os mesmos nos livros. É normal de se imaginar que caso você vá ler livros como: "Os 13 Porquês", "Eu Estive Aqui" ou "As Vantagens de Ser Invisível", vários possíveis gatilhos estarão presentes, mas o que fazer quando o livro simplesmente não lhe parece ser do tipo que vai te levar para uma bad, na melhor das hipóteses, e no meio da leitura lá esta seu gatilho?
Volto a bater na tecla do livro "Os 13 Porquês" pois há pouco tempo livro foi adaptado para série e foi simplesmente um sucesso enorme, que acarretou em diversos memes e campanhas sobre o suicídio ou sobre como é importante nos colocarmos no lugar dos outros
Em suma, a mensagem que pretendo passar com esse post é a de que: se o livro lhe parece um pouco pesado, ou for tomando um caminho um tanto preocupante, pare, pesquise um pouco sobre ele e procure comentários de pessoas que já o leram. Apenas procure saber se você consegue enfrentar a abordagem de tal assunto ou se é melhor recuar. Afinal, tudo bem evitar certas coisas às vezes, não quer dizer que você está sendo fraco(a), só está cuidando de você mesmo(a). Também não quer dizer que você nunca mais lerá tal livro. Espere o momento certo, quando você se sentir forte o suficiente, e boa leitura!
4 comentários via Blogger
Olá, Mari (xará! rsrsrs).
ResponderExcluirNossa, gostei muitíssimo do seu post. As vezes eu tento conversar sobre esse assunto com as pessoas mas a maioria delas não acredita em mim, como se isso fosse a maior mentira do universo. Tenho um amigo que quase se matou assistindo "Os 13 porquês". Ele sofre de depressão e etc etc etc, mas mesmo tomando os remédios e fazendo terapia isso ainda é um gatilho para ele... Eu procuro não ler livros ou ver séries muito pesadas pois também não me sinto muito confortável. Prefiro algo mais light, mas distrair mesmo.
Gostei muito do seu blog. Virei seguidora!
Beijos! <3
Olá, xará! kkkk
ExcluirRealmente muitas pessoas não levam esse tipo de assunto a sério, na maioria das vezes acreditam que não passa de exagero nosso, mas isso acontece e muito. As pessoas deveriam se informar mais sobre isso, debater mais sobre o assunto e passar a cuidar mais dos outros e delas mesmas. Muitas das vezes as pessoas passam por isso e nem sabem, acham que estão apenas muito tristes, enquanto podiam evitar essa tristeza.
Fico feliz que tenha gostado do blog. Também adorei seus textos e to te seguindo lá My Sad Songs!
Beijos! <3
Nossa isso é muito real, já houveram alguns livros que não me deixaram muito bem com a leitura, mas outros que tiveram efeito contrário.
ResponderExcluirAchei muito importante seu post, já que foi a primeira vez que li sobre em um blog. Normalmente a gente só pensa nas coisas boas dos livros, e esquecemos o quanto eles podem impactar negativamente alguém dependendo da abordagem.
Verdade! É muito comum a gente focar na parte boa e esquecer a ruim, por mais que tenha nos incomodado ou feito mal de alguma forma. Mas acho importante que a gente fale sobre essas coisas. Nem todos os livros precisam ser mil maravilhas, e tudo bem por isso, mas precisamos saber até onde aguentamos.
ExcluirBeijos