Bookshelf Tour Charles Bukowski

Leitura não recomendada para menores de 18 anos.

Olá, pessoal! Tudo bem vocês?
Eu costumo acompanhar várias Bookshelf Tour aí pelos canais da vida e, da última vez que arrumei minha estante, fiquei super afim de fazer uma. Enquanto me organizava para isso acabei decidindo fazer minha primeira Bookshelf focando apenas em um autor específico, o Charles Bukowski.


Ainda faltam alguns títulos para eu ter minha coleção completa do Buk, mas o amor por esse autor é tão grande que já quis compartilhar com vocês os que tenho. Como são poucos, vou aproveitar para não só citar os títulos, mas também apresentar a sinopse de cada um, assim vocês podem ficar mais por dentro da escrita dele. Agora chega de papo e vamos ao que interessa.

1. Pulp


Sinopse: Eis um Bukowski puro-sangue. Legítimo. Concluí do alguns meses antes de sua morte, em março de 1994, aos 73 anos.
Não há como sair incólume desta história. A saga de Nick Belane poderia até ser igual a de tantos outros detetives de segunda categoria que perambulam pelas largas ruas de Los Angeles. Mas aqui, mulheres inacreditáveis cruzam pernas compridas e falam aos sussurros, principalmente uma que atende pelo nome de Dona Morte. Como nos velhos livros policiais de papel vagabundo, subliteratura pura, a quem Charles Bukowski dedica solenemente Pulp.
Ele desafia sua história com habilidade de mestre. Um Rabelais percorrendo o mundo noir? A divina sujeira? A maravilhosa sordidez? Um acerto de contas com a arte? Uma homenagem? Uma reflexão sobre o fim da vida? E tomara que a morte estivesse linda, gostosa e sexy – como está nesta história – quando encontrou o velho Buk poucos meses depois de ter posto o ponto final nesta pequena obra-prima.

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2. Notas de Um Velho Safado


Sinopse: Em Notas de um velho safado, a América tem uma cara de 50 anos, corpo de 18 e desfila de calcinha rosa claro e salto alto na madrugada corrosiva de Los Angeles. A América é um sapatão furioso com uma garra metálica no lugar da mão esquerda e não quer saber de transar com o Velho Safado. A América é uma deusa milionária com a qual ele se casa e da qual amargamente se separa. A América é uma prostituta, 150 quilos, um metro e meio de altura, que peida, uiva e destroça a cama quando goza. A América é também estudantes e revolucionários proferindo discursos inflamados em parques ensolarados de São Francisco no final da década de 60. A América é Neal Cassady dirigindo alucinadamente pelas ruas de Los Angeles, pouco tempo antes de morrer de overdose sobre os trilhos de uma ferrovia mexicana. A América é Jack Kerouac e Bukowski poetando na Veneza californiana. 

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3. Pedaços de um Caderno Manchado de Vinho


Sinopse: Uma das figuras mais controversas da literatura norte-americana do século XX, Bukowski era um artista tão prolífico que muitos de seus escritos permaneceram dispersos ao longo de sua vida. Pedaços de um caderno manchado de vinho é uma vigorosa e abrangente seleção de alguns desses trabalhos, a maioria dos quais ficou restrita à publicação original em jornais independentes, periódicos literários e até revistas pornôs. Entre eles estão o primeiro e o último conto de Bukowski a serem publicados, assim como seu primeiro e seu último ensaio, e a primeira das famosas colunas “Notas de um velho safado”. Além de discorrer sobre seus temas preferidos – álcool, mulheres e a vida de um sujeito comum no submundo de Los Angeles –, ele propõe digressões únicas a respeito de figuras como Antonin Artaud, Ezra Pound e Hemingway, revelando uma lucidez surpreendente por trás de escritos aparentemente improvisados. É leitura essencial para fãs de Bukowski e uma introdução perfeita a novos leitores desse escritor inovador e nada convencional.

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4. O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio


Sinopse: Publicado quatro anos após sua morte em 1994, este livro é praticamente um testamento literário e filosófico do velho mestre Charles Bukowski. São trechos do seu diário selecionados por ele mesmo entre 1991 até poucos dias antes de morrer. Dramático, na medida em que mostra a aproximação do fim, "O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio" é, também, puro Bukowski: seco, cético, maldito e maravilhosamente bem escrito.
Detalhe relevante: as ilustrações são do grande Robert Crumb!

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5. Factótum


Sinopse: Em Factótum, segundo romance de Charles Bukowski, publicado em 1975, encontramos mais uma vez Henry Chinaski, alter ego do autor, protagonista de vários dos seus livros e um dos mais célebres anti-heróis da literatura americana. Durante a Segunda Guerra Mundial, o loser Henry (que reaparece mais tarde em Misto-quente) é considerado "inapto para o serviço militar" e não consegue entrar para o exército. Assim, enquanto os Estados Unidos se unem em torno da guerra e os homens alistados são vistos como heróis, Chinaski, sem emprego, sem profissão nem perspectiva, cruza o país, arranjando bicos e trampos, fazendo de tudo um pouco – daí o nome do livro –, na tentativa de subsistir com empregos que não se interponham entre ele e seu grande amor: escrever.

Em meio a tragos, perambulações por ruas marginais, tentativas de ser publicado, vivendo da mão para a boca, o autor iniciante Henry Chinaski come o pão que o diabo amassou. Tais trechos, que tratam do escritor em formação, estão entre os mais pungentes e interessantes do livro. Na sua versão do artista quando jovem, Bukowski vê tudo através da lente da desmistificação – desmistifica a imagem do artista romântico e o milagre americano – e faz desse olhar cínico a sua profissão de fé.

6. Misto-Quente


Sinopse: O que pode ser pior do que crescer nos Estados Unidos da recessão pós-1929? Ser pobre, de origem alemã, ter muitas espinhas, um pai autoritário beirando a psicopatia, uma mãe passiva e ignorante, nenhuma namorada e, pela frente, apenas a perspectiva de servir de mão-de-obra barata em um mundo cada vez menos propício às pessoas sensíveis e problemáticas. Esta é a história de Henry Chinaski, o protagonista deste romance que é sem dúvida uma das obras mais comoventes e mais lidas de Charles Bukowski (1920-1994).

Verdadeiro romance de formação com toques autobiográficos, Misto-Quente (publicado originalmente em 1982) cativa o leitor pela sinceridade e aparente simplicidade com que a história é contada. Estão presentes a ânsia pela dignidade, a busca vã pela verdade e pela liberdade, trabalhadas de tal forma que fazem deste livro um dos melhores romances norte-americanos da segunda metade do século 20. Apesar de ser o quarto romance dos seis que o autor escreveu e de ter sido lançado quando ele já contava mais de sessenta anos, Misto-Quente ilumina toda a obra de Bukowski. Pode-se dizer: quem não leu Misto-Quente, não leu Bukowski.

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7. Crônicas de um Amor Louco


Sinopse: "Crônica de um Amor Louco" é o primeiro dos dois volumes da obra "Ereções, Ejaculações e Exibicionismos", do genial escritor Charles Bukowski (1920-1994). Uma jornada pelo universo infernal e onírico do velho e safado Buk – seus personagens desvalidos, seus quartos imundos em hotéis baratos, seus bares enfumaçados na longa louca noite de neon: o sonho americano reduzido a trapos nas ruas desertas da madrugada voraz de Los Angeles, a cidade que Bukowski amava acima de todas as coisas.

Este primeiro volume leva o título do filme que o italiano Marco Ferreri realizou baseado nos textos de Bukowski e cuja linha mestra é exatamente o primeiro conto do livro, A Mulher Mais Linda da Cidade. Ao narrar a história de Cass, uma bela mestiça que passara a adolescência em um convento, Bukowski mergulha na excitação frenética, na insanidade corrosiva das noites mormacentas e manhãs de névoa poluída da sua amada Los Angeles. Os contos parecem brotar do seu estômago ulcerado, são jogados ao papel entre espasmos de delirium tremens e fantasias alcoólicas disformes. Perto dessas histórias rudes e ríspidas, os contos de outros autores parecem narrativas de colegiais, que nada têm a ver com o mundo da maquinaria, com esse gigantesco cemitério de automóveis que nos envolve e sufoca. Mas, ao mesmo tempo, Bukowski é lírico. Seus contos terminam bruscamente, mas deixam suspensa no ar uma sensação de dignidade e esperança na raça humana.

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8. Fabulário Geral do Delírio Cotidiano


Sinopse: Este livro é o segundo volume da obra "Ereções, Ejaculações e Exibicionismos", de Charles Bukowski (1920-1994). Depois de "Crônica de um Amor Louco", o velho Buk descreve, nestes mais de trinta contos fortemente autobiográficos, suas desventuras, traumas, amores fracassados e prisões inesperadas. Eis toda a excitação frenética do escritor nascido na Alemanha e emigrado para os Estados Unidos que imortalizou o mundo marginal de Los Angeles, sua cidade de adoção. O olhar estrangeiro-nativo de Bukowski esmiúça o lado negro do sonho americano – e revela o anti-sonho –, um mundo de marginais, viciados, bêbados e prostitutas, dos quais só não se pode dizer que estão na sarjeta porque sempre decaem um pouco mais. São pessoas tal qual na vida real, retratadas de forma triste, divertida, escatológica e universal, em toda sua vulgaridade e realidade. Eis todo o gênio narrativo de Charles Bukowski, que, como John Fante, representa o último grito da geração beat e cujo humor cáustico foi comparado ao de Henry Miller, Louis-Ferdinand Céline e Ernest Hemingway.

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Espero que  tenham curtinho o primeiro Bookshelf Tour aqui do blog, não deixem de comentar o que acharam. E pra finalizar em grande estilo, vou deixar aqui embaixo o box de livros do Bukowski que aparece lá na primeira foto. Lembrando que toda vez que vocês efetuam uma compra pelos links que eu disponibilizo vocês ajudam demais o blog, então obrigada desde já! Beijos e até a próxima!

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10 comentários

  1. Não conhecia o autor e nenhum dos livros dele, mas realmente não são recomendados para menores de 18 anos, pois algumas histórias são bem pesadas.

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  2. Já vi algumas pessoas falando sobre o autor, mas não fazia ideia que a temática eram essas iauhoiauhaoiua, mas quer saber? Gostei!

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    1. Também gosto bastante, é surpreendente como ele ganha a gente.

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  3. Olá xuxu, como vai?
    Achei seu blog no grupo do Facebook e estou achando seu cantinho muito acolhedor. Eu amo as histórias do Bukowski, mesmo que alguns aspectos me incomodem um pouco nele, as histórias e as frases me encantam. Tenho dois livros dele e já quero aumentar minha coleção, inclusive estou pensando em comprar um livro dele em inglês que infelizmente não tem tradução.
    Adorei seu blog e já estou seguindo.

    Beijão!
    Lumusiando

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    1. Obrigada, Maria Eduarda! Fico muito feliz mesmo que tenha gostado do blog. Volte sempre aqui! <3 Realmente os textos do Bukowski incomodam bastante em certos momentos mas, ao mesmo tempo, são pura poesia, não é?! E cheio de frases que marcam. Também estou de olho em alguns livros dele em inglês. Não dá pra ficar sem conhecer toda a obra dele. Beijão!!

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  4. Não conheço nenhum dos livros , mas fiquei super curiosa para ler na integra ...rsrsrs

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  5. Adoro os livros do Bukowski, quero fazer uma coleção dele, perdi alguns livros e quero repor.

    Beijos Kiss,
    Blog Oh My Kiss | ohmykiss.com

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    1. Poxa, que pecado ter perdido alguns livros. Recupera e guarda à sete chaves huahah

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