{Resenha} A Prisão do Rei - Victoria Aveyard


Autor(a): Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Ano: 2017
Páginas: 552
ISBN: 9999094163351
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Sinopse: Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

Pode conter spoiler dos livros anteriores.

A tão aguardada sequência da série "A Rainha Vermelha" foi finalmente lançada no comecinho desse ano de 2017 e em três meses já vendeu mais de 250 mil exemplares só aqui no Brasil. Não é de se espantar já que o último livro da série, "Espada de Vidro", deixou os fãs em cólica para saber o que iria acontecer depois daquele final incerto.
Uma coisa posso dizer: Valeu a pena esperar pois, mais uma vez, a autora Victoria Aveyard não nos decepcionou.

O livro "A Prisão do Rei" narra todo o martírio que é a prisão de Mare após ela ter sido capturada pelo rei Maven. Ela agora está machucada, fraca, sem seu poder, sem notícias da Guarda Escarlate, se culpando por seus erros, sofrendo pela morte de seu irmão e, o pior de tudo, nas mãos do rei.
O sofrimento de Mare é passado para nós leitores de uma forma bastante real e detalhada e, em certos momentos, o sentimento é de total derrota, parece não existir nenhuma saída para a situação em que ela se encontra.

"Ele me enganou quando era príncipe, me atraindo para sua armadilha. Agora, estou na prisão do rei. Mas ele também está. Minhas correntes são as pedras preciosas. As dele são a coroa."

A única coisa que Mare sabe que pode fazer naquele lugar é usar o ponto fraco de Maven contra ele. Ela mesma. Mas conforme Mare coloca em prática seu plano para deixar Maven abalado e, com isso conseguir algo a seu favor, ela acaba descobrindo como aquele menino que um dia ela pensou estar apaixonada se transformou no monstro que é agora.

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Essa foi realmente uma das minhas partes favoritas do livro. Descobrir o outro lado da verdade. Toda a história de como Maven, aquele personagem que no primeiro momento todos amaram, podia se transformar tanto.
Claro que muitos fãs, assim como eu, torciam para que após a morte da rainha Elara sua manipulação sob Maven chegasse ao fim, mas a verdade é que a manipulação da rainha sussurradora era muito mais profunda e sombria do que qualquer um podia imaginar.

"Ele próprio me disse isso. É uma ideia, uma criação das adições e subtrações de sua mãe. Uma coisa mecânica, uma máquina, sem alma, perdido."

Esse livro foi cheio, repleto de surpresas, mas se teve uma personagem que me surpreendeu e muito foi a Evangeline Samos. Pasme-se, mas se, assim como eu, você terminou de ler "A Rainha Vermelha" e "Espada de Vidro" a odiando, você terminará "A Prisão do Rei" a amando, protegendo e guardando no coração.

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Acredito que já deu para perceber que tem reviravolta e mudanças no livro, mas uma coisa que nunca muda é o "relacionamento" entre Mare e Cal. Mesmo após tanto tempo separados e de tudo que eles vão passar juntos após o reencontro eles conseguem, mais uma vez, bater de frente com o outro.

"O cheiro de fumaça fica mais forte conforme avanço. A esperança aumenta. Onde há fumaça, há um príncipe de fogo."

É certo que em grande parte do livro quase nada ocorre em termos de ação, embora acredito que tenha sido uma jogada da própria autora para nos passar um pouco da estagnação da prisão, mas mesmo neste momento o livro não deixou de ter lá suas informações importantes e surpreendentes, mas quando a Guarda Escarlate finalmente pode agir a narrativa fica para lá de inacreditável. Traições inimagináveis acontecem, alianças impossíveis são formadas e nós ficamos boquiabertos.

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Assim como todos os livros da série, "A Prisão do Rei" termina com aquele gostinho de quero mais, aquela vontade de já ler a continuação, porém, mais uma vez, teremos que esperar para sermos impressionados pela Victoria Aveyard.

"Em algum lugar distante, dentro de mim, um trovão ruge. Vamos deixar que eles de matem."

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