Autor(a): Ransom Riggs
Editora: Leya
Ano: 2015
Páginas: 336
ISBN: 9788544102848
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Cultura | Amazon
Sinopse: Milhões de cópias vendidas em todo o mundo! Traduzido para mais de 40 idiomas! Eleito uma das 100 obras mais importantes da literatura jovem de todos os tempos Tudo está à espera para ser descoberto em "O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", um romance que tenta misturar ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas. “Mesmo sem as fotos, esta seria uma história emocionante, mas as imagens dão um irresistível toque de mistério. A narração em primeira pessoa é autêntica, engraçada e comovente. Estou ansioso para o próximo volume da série!” RICK RIORDAN, autor da série "Percy Jackson e Os Olimpianos". “Um romance tenso, comovente e maravilhosamente estranho. As fotos e o texto funcionam brilhantemente juntos para criar uma história inesquecível.” JOHN GREEN, autor de "A culpa é das estrelas". “Vocês têm certeza de que não fui eu quem escreveu esse livro? Parece algo que eu teria feito...” TIM BURTON.
Pense em uma leitura fantástica e emocionante que te prende do primeiro ao último parágrafo e te faz esquecer completamente da vida. Essa foi minha leitura do livro "O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares" do autor Ransom Riggs, completamente envolvente e recheada de surpresas, suspense e, claro, muita fantasia em um mundo incrível.
"Eu tinha acabado de aceitar que minha vida seria apenas comum quando coisas extraordinárias começaram a acontecer comigo."
No livro o personagem Jacob nos narra sua história, dividindo sua vida entre antes e depois. O antes de Jacob retrata sua infância repleta das histórias fantasiosas que seu avô, Abraham, lhe contava. Abraham tinha o costume de contar e recontar a história de sua infância sempre que surgia uma oportunidade, quando ele mesmo não criava uma, e Jacob adorava ouvi-las, assim como qualquer crianças que tem uma imaginação fértil.
O fato é que ninguém levava as histórias de seu avô a sério. Era possível acreditar que ele quando criança foi um judeu que precisou fugir para se proteger e acabou passando sua infância em um orfanato em uma pequena ilha, mas era impossível acreditar que nesse mesmo orfanato haviam crianças que podiam flutuar, levantar pedras imensas e que tinham um boca extra atrás da cabeça, mais difícil ainda era acreditar que existiam monstros com os quais o vovô Portman precisou lutar e que a dona do orfanato de transformava em uma ave.
Até certo ponto, como uma criança inocente, Jacob acreditou nas histórias, mas conforme foi crescendo ele começou a perceber que seu avô sempre acrescentava um detalhe a mais nas suas histórias, sempre aumentava alguma coisa aqui e ali. Foi assim que Jacob passou a questionar seu avô e, como todos, a acreditar que na verdade ele só estava velho demais e tinha passado por muita coisa durante a guerra.
O avô de Jacob então tenta pela última vez convencer o neto de que sua história é verdadeira mostrando a ele fotografias antigas das crianças que supostamente habitaram o orfanato com ele, mas para Jacob aquelas fotos pareciam tão falsas quanto as histórias de seu avô.
E por falar em fotos, uma das coisas que mais amei nesse livro são as fotos. A ideia inicial de Ransom Riggs era, na verdade, criar um livro de fotografias antigas, mas acabou criando uma história e usando as fotografias para ilustrar o livro, dando um toque todo especial à leitura. Todas as fotos são autênticas, uma mais macabra que a outra, e foram emprestadas por colecionadores que são citados lá no finalzinho do livro.
Alguns anos depois, em certa ocasião, Jacob recebe uma ligação de seu avô onde ele dizia que os monstros tinham o encontrado e que, como todos achavam que ele já estava caduco e por isso esconderam a chave de seu armário de armas, ele não poderia se defender. Jacob sabia que não havia monstro algum, mas mesmo assim vai à casa de seu avô com medo que ele pudesse acabar fazendo algum mal a si mesmo. É neste exato dia que a vida de Jacob é dividida entre antes e depois.
"A primeira delas foi um choque terrível e, assim como qualquer coisa muda você para sempre, dividiu minha vida em duas partes. Antes e depois. Como muitas das coisas extraordinárias que viriam, ela envolveu meu avô, Abraham Portman."
O que Jacob encontra quando finalmente chega à seu avô é um Abraham quase morto, completamente machucado, como se tivesse sido atacado por algum animal e a sensação que ele tem, forte como um instinto, é de que aquele animal ainda está ali, observando. É quando Jacob olha exatamente para onde devia olhar e se depara não com um animal, mas com algo parecido com um monstro.
É depois do ocorrido que Jacob passa pelo momento mais difícil da sua vida. Havia perdido uma pessoa importante e ninguém acreditava quando ele contava a verdadeira história sobre o ocorrido. Acreditavam que era apenas fruto das histórias do vovô Portman se revelando em um momento traumático. Por esse motivo Jacob começa a frequentar um psicólogo, tomar remédios e a ser tratado por todos a sua volta como um objeto de vidro frágil que pode quebrar a qualquer momento.
Um tempo depois, como Jacob ainda não havia superado seus pesadelos com as últimas palavras de seu avô, seu psicólogo o encoraja a, em vez de esquecer, tentar descobrir o que seu avô estava tentando dizer. Não sem muito trabalho Jacob acaba descobrindo que seu avô havia dado a ele coordenadas para que ele encontrasse o orfanato onde ele havia crescido. Fosse o que encontrasse lá Jacob sabia que lá, e só lá, alguém lhe contaria o que seu avô queria lhe contar mas não pôde.
Outro detalhe que adorei nesse livro é a forma como algum detalhe é narrado e passa despercebido pela gente, sem parecer ter muita importância para o todo da história, mas depois é revelado que sim, era uma peça muito importante e interessante do quebra cabeça.
Ainda com a ajuda de seu psicólogo Jacob consegue convencer seu pai a fazerem um breve viagem até a pequena ilha onde fica o orfanato da Srta. Peregrine. Jacob acreditava que se tivesse sorte iria encontrar uma Srta. Peregrine já bastante idosa e, talvez, algumas das crianças que cresceram com seu avô, mas o que Jacob descobre é que, na verdade, durante a guerra o orfanato foi bombardeado e nunca mais os moradores haviam sido vistos.
Jacob não entende como aquilo poderia ter acontecido se a Srta. Peregrine havia trocado correspondências daquele mesmo endereço com seu avô, correspondência essa que levava uma data pós guerra. Tentando descobrir mais sobre o que realmente aconteceu, Jacob decide entrar na casa e vasculhar o que sobrou. Ele não acha nada que pode ajudá-lo até que encontra uma caixa com fotografias antigas, bem parecidas com as que seu avô havia lhe mostrado, é quando ele houve alguém na casa e, quando consegue ver o visitante inesperado, percebe que é uma menina bem parecida com a das fotos que ele acabara de encontrar.
É aí que a aventura toma folego e se torna ainda mais intensa. A história fica tensa, sinistra e, principalmente, peculiar. Nos envolve de tal forma que nos sentimos dentro da história e não conseguimos parar de ler até sabermos exatamente o que está acontecendo e o que ainda pode acontecer. E, finalmente, etérios e acólitos, os monstros, aparecem e podem ter certeza, é de arrepiar.
"Ser etéreo é viver no inferno... ser acólito seria o correspondente a viver no purgatório. Acólitos são quase comuns... como podem passar por humanos, vivem para servir a seus irmãos etéreos, atuando como batedores, espiões e caçadores de carne. É uma hierarquia de malditos que almeja um dia transformar todos os etéreos em acólitos e todos os peculiares em cadáveres."
O livro "O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares" vale muito, muito a pena mesmo, ser lido. É um livro superinteressante e maravilhoso para quem gosta de uma boa fantasia com um toque generoso de "sinistro" e, por falar em sinistro, o livro já tem uma adaptação, não tão fiel, mas maravilhosa, dirigida por nada mais nada menos que Tim Burton, e provavelmente, só mesmo ele poderia levar tal essência para as telas.
O fato é que ninguém levava as histórias de seu avô a sério. Era possível acreditar que ele quando criança foi um judeu que precisou fugir para se proteger e acabou passando sua infância em um orfanato em uma pequena ilha, mas era impossível acreditar que nesse mesmo orfanato haviam crianças que podiam flutuar, levantar pedras imensas e que tinham um boca extra atrás da cabeça, mais difícil ainda era acreditar que existiam monstros com os quais o vovô Portman precisou lutar e que a dona do orfanato de transformava em uma ave.
Até certo ponto, como uma criança inocente, Jacob acreditou nas histórias, mas conforme foi crescendo ele começou a perceber que seu avô sempre acrescentava um detalhe a mais nas suas histórias, sempre aumentava alguma coisa aqui e ali. Foi assim que Jacob passou a questionar seu avô e, como todos, a acreditar que na verdade ele só estava velho demais e tinha passado por muita coisa durante a guerra.
O avô de Jacob então tenta pela última vez convencer o neto de que sua história é verdadeira mostrando a ele fotografias antigas das crianças que supostamente habitaram o orfanato com ele, mas para Jacob aquelas fotos pareciam tão falsas quanto as histórias de seu avô.
E por falar em fotos, uma das coisas que mais amei nesse livro são as fotos. A ideia inicial de Ransom Riggs era, na verdade, criar um livro de fotografias antigas, mas acabou criando uma história e usando as fotografias para ilustrar o livro, dando um toque todo especial à leitura. Todas as fotos são autênticas, uma mais macabra que a outra, e foram emprestadas por colecionadores que são citados lá no finalzinho do livro.
Alguns anos depois, em certa ocasião, Jacob recebe uma ligação de seu avô onde ele dizia que os monstros tinham o encontrado e que, como todos achavam que ele já estava caduco e por isso esconderam a chave de seu armário de armas, ele não poderia se defender. Jacob sabia que não havia monstro algum, mas mesmo assim vai à casa de seu avô com medo que ele pudesse acabar fazendo algum mal a si mesmo. É neste exato dia que a vida de Jacob é dividida entre antes e depois.
"A primeira delas foi um choque terrível e, assim como qualquer coisa muda você para sempre, dividiu minha vida em duas partes. Antes e depois. Como muitas das coisas extraordinárias que viriam, ela envolveu meu avô, Abraham Portman."
O que Jacob encontra quando finalmente chega à seu avô é um Abraham quase morto, completamente machucado, como se tivesse sido atacado por algum animal e a sensação que ele tem, forte como um instinto, é de que aquele animal ainda está ali, observando. É quando Jacob olha exatamente para onde devia olhar e se depara não com um animal, mas com algo parecido com um monstro.
É depois do ocorrido que Jacob passa pelo momento mais difícil da sua vida. Havia perdido uma pessoa importante e ninguém acreditava quando ele contava a verdadeira história sobre o ocorrido. Acreditavam que era apenas fruto das histórias do vovô Portman se revelando em um momento traumático. Por esse motivo Jacob começa a frequentar um psicólogo, tomar remédios e a ser tratado por todos a sua volta como um objeto de vidro frágil que pode quebrar a qualquer momento.
Um tempo depois, como Jacob ainda não havia superado seus pesadelos com as últimas palavras de seu avô, seu psicólogo o encoraja a, em vez de esquecer, tentar descobrir o que seu avô estava tentando dizer. Não sem muito trabalho Jacob acaba descobrindo que seu avô havia dado a ele coordenadas para que ele encontrasse o orfanato onde ele havia crescido. Fosse o que encontrasse lá Jacob sabia que lá, e só lá, alguém lhe contaria o que seu avô queria lhe contar mas não pôde.
Outro detalhe que adorei nesse livro é a forma como algum detalhe é narrado e passa despercebido pela gente, sem parecer ter muita importância para o todo da história, mas depois é revelado que sim, era uma peça muito importante e interessante do quebra cabeça.
Ainda com a ajuda de seu psicólogo Jacob consegue convencer seu pai a fazerem um breve viagem até a pequena ilha onde fica o orfanato da Srta. Peregrine. Jacob acreditava que se tivesse sorte iria encontrar uma Srta. Peregrine já bastante idosa e, talvez, algumas das crianças que cresceram com seu avô, mas o que Jacob descobre é que, na verdade, durante a guerra o orfanato foi bombardeado e nunca mais os moradores haviam sido vistos.
Jacob não entende como aquilo poderia ter acontecido se a Srta. Peregrine havia trocado correspondências daquele mesmo endereço com seu avô, correspondência essa que levava uma data pós guerra. Tentando descobrir mais sobre o que realmente aconteceu, Jacob decide entrar na casa e vasculhar o que sobrou. Ele não acha nada que pode ajudá-lo até que encontra uma caixa com fotografias antigas, bem parecidas com as que seu avô havia lhe mostrado, é quando ele houve alguém na casa e, quando consegue ver o visitante inesperado, percebe que é uma menina bem parecida com a das fotos que ele acabara de encontrar.
É aí que a aventura toma folego e se torna ainda mais intensa. A história fica tensa, sinistra e, principalmente, peculiar. Nos envolve de tal forma que nos sentimos dentro da história e não conseguimos parar de ler até sabermos exatamente o que está acontecendo e o que ainda pode acontecer. E, finalmente, etérios e acólitos, os monstros, aparecem e podem ter certeza, é de arrepiar.
"Ser etéreo é viver no inferno... ser acólito seria o correspondente a viver no purgatório. Acólitos são quase comuns... como podem passar por humanos, vivem para servir a seus irmãos etéreos, atuando como batedores, espiões e caçadores de carne. É uma hierarquia de malditos que almeja um dia transformar todos os etéreos em acólitos e todos os peculiares em cadáveres."
O livro "O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares" vale muito, muito a pena mesmo, ser lido. É um livro superinteressante e maravilhoso para quem gosta de uma boa fantasia com um toque generoso de "sinistro" e, por falar em sinistro, o livro já tem uma adaptação, não tão fiel, mas maravilhosa, dirigida por nada mais nada menos que Tim Burton, e provavelmente, só mesmo ele poderia levar tal essência para as telas.