Poesia De Hoje Em Dia: Livros Que Surgiram Das Redes Sociais

   Olá, pessoal!
   Quem aí gosta de uma boa poesia? Acredito que todo mundo, certo?! Porque, mesmo que você não goste de ler um Drummond na vida, provavelmente você deve gostar do sorriso de um bebê. Ah, o sorriso de um bebê é pura poesia. Assim como o pôr do sol, a lua cheia, o céu estrelado. (Momento devaneios).
   Mas mesmo que você não goste disso tudo, tenho certeza que você gosta de certas frases que andaram ganhando bastante atenção em redes sociais, principalmente no Facebook. Quero ver me dizer que nunca compartilhou uma frase poética.
   É sobre isso que vou falar hoje. Poesias de hoje em dia. Poesias que saíram das redes sociais direto para os papeis. 

1 - Eu Me Chamo Antônio


Autor(a): Pedro Gabriel
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 192
ISBN: 9788580574357
Sinopse: Antônio é o personagem de um romance que está sendo escrito e vivido. Frequentador assíduo de bares, ele despeja comentários sobre a vida — suas alegrias e tristezas — em desenhos e frases escritas em guardanapos, com grandes doses de irreverência e pitadas de poesia. Antônio é perito nas artes do amor, está sempre atento aos detalhes dos encontros e desencontros do coração. Quando está apaixonado, se sente nas nuvens e nada parece ter maior importância, e, quando as coisas não saem como esperado, é capaz de enxergar nas decepções um aprendizado para seguir adiante. Do balcão do bar, onde Antônio se apoia para escrever e desenhar, ele vê tudo acontecer, observa os passantes, aceita conversas despretensiosas por aí e atrai olhares de curiosos. Caso falte alguém especial a seu lado (situação bastante comum), Antônio sempre se acomoda na companhia dos muitos chopes pela madrugada.A mente por trás de Antônio é Pedro Gabriel. Em outubro de 2012, ele inaugurou a página Eu me chamo Antônio no Facebook para compartilhar o que rabiscava com caneta hidrográfica em guardanapos nas noites em que batia ponto no Café Lamas, um dos mais tradicionais bares do Rio de Janeiro. Em seu primeiro livro, Pedro apresenta histórias vividas por seu alter ego, desde a cuidadosa aproximação da pessoa desejada, o encantamento e a paixão, até o sofrimento provocado pela ausência e a dor da perda. Os guardanapos que inspiram milhares de pessoas na internet agora estão reunidos numa caprichada edição, novo lançamento da Intrínseca.

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   Eu particularmente gosto muito dos guardanapos que o Pedro Gabriel escreve sentado nos bares da vida. Dá para gente se identificar com cada um deles enquanto lê o livro "Eu Me Chamo Antônio". Mesmo que não tenhamos passado exatamente pela mesma situação que o Pedro retrata com seu alter ego, Antônio, podemos nos sentir bem próximo dele nas experiências, alegrias e decepções do amor.
   Felizmente, já podemos contar também com o livro "Segundo: Eu Me Chamo Antônio" que é tão queridinho por mim quanto o primeiro. Espero que ainda venham muitos mais guardanapos.


2 - Um Cartão

Autor(a): Pedro Henrique
Editora: Rocco
Ano: 2015
Páginas: 192
ISBN: 9788568432433
Sinopse: Uma ideia na cabeça e uma conta no Instagram. Nascia assim a página Um Cartão, que reúne postagens sobre sentimentos do cotidiano na forma de pequenos cartões feitos à mão na badalada rede de compartilhamento de imagens. Depois de conquistar mais de 600 mil seguidores na rede em pouco mais de um ano de existência, o projeto vira livro pelo Fábrica231, o selo de entretenimento da Rocco. Criado por um jovem carioca, Um cartão chegará às livrarias em um projeto editorial ousado, em formato de cartões serrilhados que podem ser lidos como uma grande coleção de tiradas inspiradoras e bem-humoradas ou destacados para serem compartilhados de forma avulsa com os amigos, da maneira como o leitor escolher. 

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  Os cartões que compõem o livro "Um Cartão" do Pedro Henrique também são super legais e criativos. Às vezes são divertidos, às vezes nos fazem pensar, mas são, principalmente, cheios de tiradas.
   Em uma pequena frase o Pedro Henrique define perfeitamente o que o "Um Cartão" é: "Não é poesia. Não é declaração. Não é arte. Não é mesmo. Eu sou só um coração em um pedaço de papel"


3 - Pó De Lua

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Autor(a): Clarice Fleire
Editora: Intrínseca
Ano: 2014
Páginas: 192
ISBN: 9788580575705
Sinopse: Em 2011, discretamente, a publicitária Clarice Freire criou no Facebook uma página para reunir seus escritos e desenhos. Batizou-a como "Pó de Lua", sua receita infalível 'para tirar a gravidade das coisas'. Desde então, ela vem conquistando uma legião de fãs fiéis e engajados, que se encantaram com a delicadeza de seus pensamentos, seu humor sutil e o traço despretensioso, que combina desenho e até fragmentos de palavras. Entre eles, estão personalidades como a atriz Grazi Massafera e a apresentadora Ticiane Pinheiro. Da internet para as páginas de um livro, foi mais um salto para a jovem autora recifense. Ela surpreende seus admiradores com uma proposta diferente. Pó de lua, o livro, tem o formato de um dos cadernos moleskine em que Clarice exercita sua criatividade. Inspirada pelas quatro fases da lua - minguante, nova, crescente e cheia - ela trata em frases concisas e certeiras de sentimentos como a saudade, o medo, a paixão e a alegria, sempre em sua caligrafia característica, ilustradas com muitos desenhos.

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   O livro "Pó De Lua" é encantador do começo ao fim. Desde a capa fofíssima e as laterais azuis, até os desenhos sutis da Clarice Fleire que complementam as lindas frases.
   Uma das coisas que gosto, e que a Clarice costuma fazer, é a técnica (não sei bem se chega a ser uma técnica) de juntar sílabas separadas e formar palavras. Calma lá, não sei se expliquei bem, então lá vai um exemplo em imagem.

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   A boa notícia é que a Clarice Fleire já está trabalhando em sua próxima obra e, bem em breve, teremos outro livro fofura como o "Pó De Lua"

   Uma coisa que esses três livros tem em comum e que é, provavelmente, a chave do seu sucesso, é que as pessoas se identificam com cada frase, cada guardanapo, cada trecho, cada cartão. E as pessoas precisam disso certo? Dessa válvula de escape. Ler tal coisa e pensar: "Olha, eu não estou sozinha" ou "Ual, não fui a única a passar por isso".
   Talvez (ou com certeza) esse seja mesmo o papel da literatura e, gritantemente, da poesia. Mesmo nas poesias de hoje em dia, vindas das redes sociais, mesmo não sendo Camões

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