Resenha: Deixe a Neve Cair de Joh green, Maureen Johnson e Layren Myracle

Editora: Rocco

Ano: 2013

    “Deixe A Neve Cair” é escrito por três autores: John Green, Maureen Johnson e Lauren Myrcle. Cada um deles escreve um dos três contos que compõe o livro.

    

   Cada conto narra a noite de natal de um personagem e todas essas histórias acontecem simultaneamente em Gracetown no meio da maior nevasca em cinquenta anos.

     A minha parte preferida no livro foi o fato de um conto complementar o outro até a história de todos ser fechada com chave de ouro. Isso fez com que eu me surpreendesse em vários momentos pensando “Caramba, esse é mesmo personagem do outro conto”. Foi um modo diferente e divertido de escrita para o desenrolar da história. E por falar em história, deixe-me resenha-la para vocês!

   O primeiro dos três contos de “Deixe a Neve Cair” é “O Expresso Jubileu”. Nele é narrado o natal de Jubilei Dougal, uma menina de dezesseis anos que tem pequenos problemas com seu nome (já que ela não considera Jubileu exatamente um nome, a não ser que esteja nomeando uma stripper, ou um tipo de festa e sobremesa).

  

   O natal de Jubileu prometia ser mais especial que os passados, já que, desta vez, ela estaria comemorando exatamente um ano de namoro com Noah. O que Jubileu não sabia é que ela estava prestes a viver um natal mais inesquecível do que o planejado.

   

   Jubileu e Noah se conheciam desde o quarto ano, porém ela considerava o conhecer da mesma forma que conhece uma pessoa famosa. Sabe o nome, assiste ao programa, mas ainda assim parece distante e intangível.

   

   Noah era aquele tipo de garoto perfeito e popular, atleta, acadêmico, o modelão da escola. Nunca tinha tempo livre, estava sempre em reuniões e outros compromissos e, claro, no natal não seria diferente.

   

   Enquanto Jubileu passava o tempo livre até a hora do Smörgasbord Anual da Noite de Natal na casa de Noah, seus pais estavam acampando na fila da loja Flobie para comprar mais uma peça da Cidade do Papai Noel Flobie.

   

   “A Cidade do Papai Noel Flobie é uma série de peças de cerâmica colecionáveis que você combina para formar uma cidade.”

   Os pais de Jubileu colecionam essas peças desde que ela nasceu e a Cidade do Papai Noel Flobie passou a ser mesmo uma coisa séria para eles, tão séria que Jubileu recebeu o nome em homenagem ao prédio nº 4, o Salão Jubileu.

   

   As peças, que eram vendidas apenas nas vésperas de natal, ficavam cada vez mais concorridas e isso fez com que começassem a acontecer confusões e tumultos na loja. E o que aconteceu neste natal é que os pais de Jubileu foram presos depois de um desses tumultos.

   

   Depois do ocorrido Jubileu tem todo o seu plano de natal perfeito jogado por água abaixo. Além de ter os pais na prisão, ela não passaria o natal com Noah. Teria que pegar um trem para ir para a casa dos avós, e o pior, no meio da maior nevasca dos últimos cinquenta anos.

   

   Em meio à nevasca o trem em que Jubileu está viajando fica preso na pequena cidade de Gracetown e por conta do frio e das líderes de torcida que a incomodavam, ela decide deixar o trem e seu novo conhecido Jeb (que estava indo para Gracetown encontrar sua namorada/ex-namorada, que havia o traído) e caminhar até a Waffle House que havia ali perto em algum lugar no meio de toda aquela neve.

   

   Na Waffle House ela conhece Don-Keun, o estranho homem de alumínio e Stuart, um rapaz que lhe oferece abrigo e amizade naquela noite de neve, além de a ajudar a perceber que ela merece um namorado que a trate melhor que Noah e conquistar o seu coração.

   Em “O milagre da torcida de natal” a narrativa conta a noite da véspera de natal de Tobin e seus amigos JP e Duke.

   

   O trio de amigos aproveita o dia de nevasca e a casa só para eles para assistirem filmes do James Bond e, enquanto isso, os pais de Tobin estão em Boston, onde haviam ido para uma conferência e, por conta da nevasca, não poderiam voltar para casa para o natal.

   

   Já estava planejado que passariam o resto da madrugada assistindo aos filmes quando Tobin recebeu um telefonema muito animado de Keun pedindo para eles irem o mais rápido possível para a Waffle House, pois lá haviam catorze líderes de torcida e esta parecia ser a melhor noite da vida dele.

   

   Keun trabalhava na Waffle House com mais dois rapazes e eles estabeleceram entre si uma disputa. Cada um chamaria um grupo de amigos e, somente o grupo que chegasse primeiro com o jogo Twister em mãos, poderia entrar.

   

   Don-Keun depositou todas as suas esperanças no seu trio de amigos para eles chegarem primeiro ao restaurante e assim ter uma noite inesquecível, porém esse mesmo trio ainda teria muitas dificuldades para enfrentar ao sair de noite no meio da maior nevasca em cinquenta anos.

   

   Tanto quanto sair da garagem ou sair da rua onde Tobin morava exigiu muito esforço para driblar a neve, mas todas as dificuldades foram resolvidas, até que, em uma curva o carro bate em uma parede de neve e fica completamente coberto.

   

   Já perto da Waffle House e estando em vantagem em relação aos outros “competidores”, Tobin, JP e Duke continuam o caminho pela espessa neve a pé.

   

   Durante a caminhada Tobin começa a pensar em Duke como nunca havia pensado, começa a observar o jeito que o quadril dela se movimenta enquanto ela anda e tem “aquele pensamento que é difícil de despensar depois de pensado”.

    

   Passando por vários desafios que a neve e os competidores provocaram, os três chegam a aconchegante e quente Waffle House, onde encontram Keun, as líderes de torcida e Jeb, ainda desanimado por não ter conseguido encontrar sua namorada/ex-namorada, que havia o traído.

    

   Tobin e Duke finalmente percebem que os dois tem o mesmos “pensamentos que é difícil despensar depois de pensados” e que se veem como mais que amigos.

    

   No final dessa aventura a caminhada desse trio de amigos os faz perceber que há meios muito mais importantes que líderes de torcida.

   O último conto de “Deixe a Neve Cair” narra o natal de Addie, uma menina que está passando por um momento difícil e, por isso, não está em um espírito muito natalino.

   

   Addie e seu namorado, Jeb, terminaram recentemente. Jeb não era o tipo de namorado que demonstrava os sentimentos abertamente, embora a amasse de verdade, e isso a chateava.

   

   Uma semana antes do natal Addie e Jeb foram a uma festa na casa de Charlie e, antes de entrar, discutiram sobre ele não ser tão atencioso. Depois disso, eles ficaram separados durante a festa, onde Addie ficou bêbada e traiu Jeb com Charlie, a única pessoa que parecia dar a atenção que ela queria naquele momento, embora ele fosse um tapado e ela soubesse.

    

   Já na noite de natal, Addie estava em seu quarto, na pior, e suas amigas Tegan e Dorrie, foram até a casa dela para fazer ela se sentir melhor.

    

   Durante toda a conversa ela contou que havia mandado um e-mail para Jeb pedindo para se encontrar com ela na Starbucks, onde eles se beijaram pela primeira vez no natal do ano anterior.

    

   Addie ficou esperando por ele, porém Jeb nunca apareceu, nem deu noticia.

    

   No meio de toda a confusão sentimental que Addie se encontrava após toda essa situação ela se depara com uma nova enquanto conversa com as amigas quando, uma delas diz que Addie está sempre pensando nela mesma.

   

   Para provar o contrário Addie se compromete a na manha seguinte, quando fosse para o seu expediente na Starbucks, passar na Pet World e pegar o presente de Tergan, um mini-porquinho, já que a própria Tegan não poderia ir por conta da nevasca.

   

   No dia seguinte, além da própria tarefa que Addie se comprometeu, ela se depara com vários acontecimentos estranhos.

   

   Ela começa a perceber que mais pessoas acham que ela só pensa nela mesma, até mesmo Travis, o homem de alumínio. Então Addie decide que precisa mudar e provar o contrário.

   

   Nesse dia maluco após o natal Addie passa por situações como: descobrir que apesar da melhor amiga achar que ela só pensa em si mesma, o menino da escola que a odeia já há quatro anos não a odeia tanto assim e a acha especial.

   

   Em meio a todas as confusões do dia que parecem, por várias vezes, sair do seu controle, Addie recebe uma “ajuda torta” de Mayzie, uma senhorinha que está tentando ser um anjo de natal e ajudar as pessoas. Como Mayzie acha que Addie também é especial resolve a ajudar com a missão do mini-porco, pois se ajudasse as pessoas ela ganharia asas.

   

   No fim de toda a aventura todos os personagens de “Deixe a Neve Cair” acabam se encontrando no Starbucks.

   

   Addie finalmente cumpre sua missão com o mini-porco e, além de provar para todos que ela mudou, ela realmente percebe essa mudança. É quando Jeb entra pela porta e explica que não conseguiu chegar a tempo para encontra-la porque seu trem ficou preso na nevasca, podendo apenar passar a noite na Waffle House.

    

   Nesse momento Addie ouve um sino tocar, era bem possível de ser o sino da porta, mas Addie estava ocupada demais para olhar e, mesmo assim, não importava, pois sempre que um sino toca, um anjo ganha asas.