Resenha: Para Sempre de Kim e Krickitt Carpenter



para sempre, the vow, livro, book, resenha, kim carpenter, krickitt carpenter, kim e krickitt carpenter, kim e krickitt, carpenter
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012


   Acabei de ler esse livro então provavelmente vá falar bastante sobre ele, pois ele ainda está fresquinho na cabeça (ou não) eu ainda nem sei bem o que falar sobre ele, o fato é que, eu preciso falar sobre ele.

   "Para Sempre" conta uma história real, a história do casal Kim e Krickitt Carpenter e o livro foi escrito pelo próprio casal. Mesmo quem não leu o livro já pode ter ouvido falar da história deles ou até mesmo assistido o filme, que como de costume, não é tão fiel quanto o livro, mas que passa totalmente a mensagem que eles quiseram passar ao escrever o livro e é tão bonito quanto.

   Confesso que assim que terminei o primeiro capítulo olhei para o teto e disse para mim mesma que até ali estava preferindo o filme.
 
  No filme eles se casam de uma forma diferente, dentro de um museu, e depois dos votos fogem dos guardas. Acho que foi uma cena marcante para mim.

   Mas mesmo assim não perdi o pique da leitura e dali em diante nem passavam pensamentos na minha cabeça de comparar o filme ao livro, ou preferir o filme, ou qualquer coisa do tipo. A história simplesmente me prendeu cem por cento, me fazendo ler sete dos nove capítulos em uma só madrugada.


   Mas entrando de fato na história, Kim Carpenter era treinador da Universidade Highlands, no Novo México e um dia em uma inocente ligação para pedir informações sobre jaquetas para técnicos de beisebol acaba se encantando com a voz da animada atendente que mais parecia cantarolar. Era totalmente o oposto do que ele esperava: voz de atendentes carregadas pelo tédio. Essa atendente era Krickitt e depois desta ligação Kim começou a pensar nela com muita frequência.
 
   Sempre que ligava para saber sobre as jaquetas esperava que ela atendesse, até ele perceber que não estava realmente ligando com total interesse nas jaquetas.
 
   Quando as amostras de tecidos foram enviadas para ele Kim se perguntava se a própria Krickitt teria separado aquelas amostras.
   Certo dia Krickitt disse que não trabalharia no dia em que Kim planejava ligar para verificar um pedido e assim deu o número do telefone de sua casa para ele.
   Depois disso Kim passou a ligar para o apartamento de Krickitt, logo depois eles pararam de fingir que conversavam somente com interesse nas jaquetas e passaram a conversar por mais de uma hora no telefone. Naquela época, além de não morarem na mesma cidade, não existia tanta facilidade de comunicação como e-mails e mensagens, então eles se comunicavam apenas por essas demoradas ligações e cartas.

   Um dia Kim chegou a conclusão que o dinheiro que ele gastava com os longos telefonemas seria dinheiro suficiente para pagar a vinda de Krickitt para Los Angeles, Novo México, para assim finalmente se conhecerem pessoalmente.

   Krickitt disse que precisaria pensar um pouco. Ela pensou e também rezou.

   Essa é uma das partes do livro que eu cheguei a cogitar que seria "chata" (ou uma palavra menos forte) Mas não, não é. A forma como eles falam de Deus. Sobre rezar para fazerem as escolhas certas. Eles não colocam isso de uma forma taxada, cansativa, chata ou massiva no livro, como muitas pessoas costumam fazer, mas sim de uma forma bonita e muito marcante na história deles.

   Kim e Krickitt se conhecem e percebem que o que tem entre eles é mais forte do que eles pensavam. Depois de mais alguns respeitosos encontros veio um breve namoro, seguido de um breve noivado, uma linda lua de mel e rápidos dois meses de um casamento feliz.

   Dois meses depois do casamento Kim e Krickitt iriam para Phonix passar a ação de graças com os pais de Krickitt. Eles estavam muito empolgados pois seria o primeiro grande feriado em família, como um casal.

   Acompanhados de um amigo que aproveitaria a carona, eles seguiram viagem na estrada até certo ponto onde Kim começou a se sentir mal. Pararam em algum lugar para comprar remédios e Krickitt seguiu dirigindo.
   Kim estava deitado no banco de trás esperando o remédio fazer efeito quando ouviu um grito de "Cuidado!". E assim aconteceu o acidente que mudou completamente a vida deste casal.

   Apesar de todos os ferimentos que Kim sofreu e do perigo que ele corria em não fazer exames mais profundos, ele se recusou em ser internado e até mesmo examinado sem que pudesse saber como sua mulher estava e poder vê-la.

   Depois de Krickitt ser transferida de hospital e de, finalmente Kim ter conseguido se juntar a ela, estava claro que o quadro dela era grave, que ela provavelmente não passaria daquela noite e se, por milagre passa-se, ficaria em total estado vegetativo. Foi aí que Kim, toda a família, amigos e amigos e amigos de amigos fizeram a única coisa que podiam fazer: rezar e rezar.
 
   Assim que eles voltaram da capela do hospital para o quarto da UTI notaram melhoras no estado de Krickitt. A melhora começou a ser tão crescente a ponto da enfermeira chamar o médico para verificar se as leituras estavam mesmo corretas.

   Em algum tempo Krickitt estava em um estado péssimo para quem não tinha visto ela na noite do acidente, mas em ótimo estado para quem estava acompanhando de perto. E aos poucos ela foi superando etapas: deixar a UTI e ir para um quarto normal, até deixar esse quarto normal e ir para o Instituto Neurólogico Barrow que ficava em Phonix, para começar um longo tratamento para trazer seu corpo e mente de volta para o estado de antes do acidente.
O terapeuta parou por alguns instantes antes de continuar. __ Krickitt, quem é seu marido?
Krickitt me olhou com os olhos vazios, sem qualquer expressão.
Ela voltou a olhar para o terapeuta, mas não lhe respondeu.
__ Krickitt, quem é seu marido?
Krickitt olhou para mim novamente e voltou a olhar para o terapeuta. Eu tinha certeza de que todos podiam ouvir meu coração batendo enquanto eu esperava, em meio ao silêncio e ao desespero, pela resposta da minha esposa.
__ Não sou casada.
   Krickitt continuava se recuperando do acidente, mas havia uma coisa que ela nunca iria recuperar: Sua lembranças recentes. As lembranças de conhecer Kim, ou mesmo de ter se casado com ele.
   Kim percebeu que Krickitt não via ele mais do que mais uma das pessoas que cuidavam dela e, naquele momento, ele se via na situação de um homem que tem uma mulher na qual se casou dois meses atrás, mas ela não se lembra de nada.

   Toda a história do livro se desenrola em torno disso. Em como o Kim ajudou Krickitt de todas as formas que podia. Em como ele tentou fazer com que a mulher se lembrasse de tudo e, quando percebeu que ela nunca se lembraria, em como ele fez ela se apaixonar por ele de novo.

   E somente lendo o livro eu fui ter uma visão, que até então só o filme não tinha me dado, mesmo o filme também relatando a mudança da Krickitt. O Kim não teve que somente fazer a Krickitt se apaixonar por ele de novo, mas ele também se apaixonou por ela de novo, mesmo não tendo deixado de amar-la em nenhum momento. Mesmo nos momentos mais difíceis, mesmo nos vários momentos que ela dizia que odiava ele e que tudo parecia realmente perdido, mesmo nos momentos em que muitos seres humanos desistiriam. Talvez você desistisse, talvez eu desistisse, mas ele continuou ali honrando os votos que fez em seu casamento.
Nesses dias em que a cultura nos ensina a desistir ao primeiro sinal de frustração ou dor, é encorajador ver esse jovem casal trabalhando para recapturar o que havia perdido e para continuar comprometido, mesmo quando acontece uma tragédia. O exemplo dele, eu espero, será relevante para muitos dos meus leitores que perderam a paixão em seus casamentos, não como o resultado de uma lesão no cérebro, mas por qualquer motivo que tenha afastado os membros do casal. Talvez a decisão de Kim, de tentar recuperar a afeição de Krickitt , possa ajudar especialmente aqueles que não conseguem encontrar as "memórias" do amor. Se você está considerando a possibilidade de um divórcio, não seria melhor começar a cortejar seu marido ou mulher novamente e tentar reconstruir o casamento a partir do zero? - James Dobson, da Focus on Family, sobre Kim e Krickitt em Junho de 1997
"__ Estou presa a você para o resto da minha vida. Vamos fazer com que isso dê certo. Não há outra opção. Você me orientou durante a reabilitação __ disse ela a mim, cheia de convicção __ Você me ensinou a andar novamente, e como segurar um garfo. Você me ajudou até mesmo a ir ao banheiro. Agora quero que me veja como sua esposa, não como sua filha."
   Bom, é isso. Esta foi a minha resenha mega clichê e brega (porque o amor é clichê e brega) desta história linda. Super recomendo essa leitura e recomendo também que vejam  filme. 
   Confiram o trailer:


0 comentários via Blogger
comentários via Facebook

Nenhum comentário

Postar um comentário