Resenha: O Morro dos Ventos Uivantes de Emily Brontë



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Editora: Lua De Papel
Ano: 2009 

   A história conturbada, não só de amor, mas também de obsessão, ódio e inveja entre Heathcliff, Catherine e a família Linton é contada pelo ponto de vista de Ellen Dean (Nelly), governanta da propriedade Granja da Cruz dos Tordos.

  O livro se inicia quando o patriarca da família Earnshaw resolve fazer uma viagem e quando o Sr. Earnshaw retorna desta traz junto de si um órfão chamado Heathcliff

   Toda a afeição que o pai logo demonstra por Heathcliff deixa Hindley, seu filho legítimo enciumado, enquanto sua irmã, Catherine, se afeiçoa por ele.

  Quando o Sr. e a Sra. Earnshaw morrem, Hindley começa a tratar Heathcliff com vários tipos de humilhações, como criado da família, o que acaba deixando Heathcliff bruto e melancólico. 
  
    Já entre Heathcliff e Catherine nasce um amor que fica mais intenso a cada capítulo.

  Apesar deste amor, Cathy acaba cedendo ao casamento com Edgar Linton, pela melhor condição financeira dele.

  Quando Heathcliff descobre sobre o casamento vai embora do Morro dos Ventos Uivantes e, quando retorna alguns anos depois está rico, despertando a atenção e saudade de Catherine e os ciúmes de seu marido.

  Passam-se alguns meses e Catherine tem uma filha de Edgar, porém morre depois do parto, por motivos que, na verdade, valem a pena de serem lidos. 

   Heathcliff percebe que a única coisa que lhe resta é se vingar de Edgar e Hindley. 

   Primeiro se casa com Isabella, irmã de Edgar. Logo após, Isabella se arrepende de ter se casado com Heathcliff, o abandona e tem seu filho, Linton, enquanto está longe de seu marido.

  Hindley cai no vício do jogo e da bebida e perde todos os seus bens para Heathcliff. 

   Hareton, filho de Hindley, perde todos os seus bens, mas apesar disso, considera Heathcliff uma pessoa de alta moral, não permitindo que falem mal dele.

  Antes da morte de Edgar, Heathcliff faz com que Linton e Cathy (filha de Catherine e Edgar) se casem para assim ficar com os bens e propriedades dos Lintons.

 Cathy descobre estar sem bens, quando seu marido Linton morre e Heathcliff apresenta um testamento onde seu filho lhe passava tudo quanto possuía.

  Pensando já ter se vingado, Heathcloff percebe nos últimos descendentes das casas da Granja dos Tordos e do Morro dos Ventos Uivantes o olhar de seus antepassados e a paixão entre ele e Catherine. Morre em sua loucura e solidão. 

   Como último desejo é enterrado junto a Catherine, seu grande amor. 

   Deste dia em diante muitos juram ver sempre um casal vagando pelas charnecas do Morro dos Ventos Uivantes.

  Ual! Essa foi uma resenha difícil de escrever considerando o quão intenso, rico e "louco" é o livro "O Morro dos Ventos Uivantes".

  Espero que não tenha ficado tão confuso quanto eu creio que tenha ficado. 

  Este livro é um livro que vale muito a pena ser lido, tem muitas partes e detalhes que eu não pude ou consegui escrever aqui, até porque o post precisaria ser bem maior e complexo para expressar a realidade do livro.

  Só do personagem Heathcliff eu já teria muito o que falar, pois ele é um daqueles personagens que são capaz de despertar nos leitores amor e ódio simultaneamente. Por mais maldoso que ele seja não conseguimos desprezá-lo. Queremos que ele seja feliz. Ficamos entre a raiva e o encantamento pelo personagem. 

  É um livro que vale a pena ser lido, mas eu vou avisando que é melhor se preparar antes de ler este livro: há muito rancor, medo, angústia, vingança, maldade e todos os sentimentos mais sombrios que possam existir no coração humano. Sem contar na forma tensa que é a narrativa do livro.

   Há um tempo atrás li um comentário sobre ele que dizia: "Acho que pessoas com tendência ao suicídio não deveria ler esse livro". Pois é! É um comentário forte para se fazer sobre um romance, mas, sim, repito, vale muitíssimo a pena ser lido.
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