Autor(a): Collen Hoover e Tarryn Fisher
Editora: Galera Record
Ano: 2016
Páginas: 192
ISBN: B01CO0F8W8
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Sinopse: Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram... Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar.Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.
Já imaginou você se encontrar em uma situação onde você perde toda a sua memória de uma hora para outra e não se lembra nem mesmo do seu nome? Seria, no mínimo, uma situação para entrar em pânico, certo?!
Pois é exatamente isso que acontece com os personagens do livro Nunca Jamais.
Vou ser bem sincera em dizer que não li nada sobre esse livro antes de lê-lo, nem mesmo a sinopse, apenas o peguei e comecei a ler esperando ser surpreendida mais uma vez pela autora Colleen Hoover e fui.
Nunca Jamais é escrito não só pela Collen Hoover, autora do livro "O Lado Feio Do Amor", como também pela Tarryn Fisher (que eu ainda não conhecia), autora do livro "A Oportunista", e as duas formaram uma bela dupla.
O livro não me conquistou completamente no começo, nem no meio. Foi me conquistando aos poucos com seu mistério envolvente que instigava minha curiosidade em diversos momentos, mas nada muito grandioso, nada Colleen Hoover. Isso até o final. Mas ainda vamos chegar lá...
Voltando ao X da questão, a narrativa do primeiro livro da série Nunca Jamais se inicia com livros caindo aos pés de Charlie Wynwood. Ela está na sala de aula de sua escola em Nova Orleans, a aula de história está prestes a começar e uma menina de óculos está recolhendo os livros caídos.
Seria apenas mais um dia normal de aula se Charlie não fizesse ideia de onde ela está, o que ela está fazendo, quem são as pessoas ao seu redor e quem ela é.
É normal de se imaginar que em uma situação como essa ela pediria ajuda a alguém, explicaria sua situação para o professor, mas não é isso que Charlie decide fazer.
Confusa e tentando agir da forma mais normal possível, a única informação que Charlie consegue obter durante a aula é o seu nome e isso é tudo que ela sabe quando segue para o intervalo.
Sem saber para onde ir, Charlie se deixa levar por uma menina que aparentemente é sua amiga.
No refeitório Charlie faz mais uma descoberta. Ela tem um namorado. Só que o que Charlie só vai descobrir um pouco mais tarde é que seu namorado, Silas Nash, também perdeu completamente a sua memória.
"- História - Livros. Vi uma menina derrubar os próprios livros.
- Oh, Deus. Essa é... Essa é a primeira coisa de que eu me lembro."
Quando finalmente os dois revelam um para o outro esse acontecimento estranho de perda de memoria, eles decidem que não contariam para ninguém o que estava acontecendo, pois passariam por malucos, e que descobririam juntos como resolver isso.
Mas Charlie e Silas estão completamente confusos e cansados de fingir que são pessoas que nem sequer se lembram ou pensar bem antes de responder as perguntas das pessoas. As únicas coisas que sabem são seus nomes e endereços após olharem suas carteiras e como eles parecem, isso apenas após se olharem no espelho. Assim, decidem deixar a escola e partir para casa de Silas para ver se descobrem alguma coisa, tendo apenas um ao outro e muitas perguntas.
As descobertas que Charlie e Silas fazem com as pistas que juntam com o passar do dia só os deixam mais confusos. Eles descobrem que cresceram juntos mas que agora suas famílias se odeiam. Eles namoram há quatro anos. As coisas que descobrem sobre eles mesmos o fazem começar a não gostar de quem eles eram antes e, após descobrirem alguns acontecimentos de seus últimos meses de relacionamento, eles se questionam por qual motivo eles estavam juntos.
"Eu não posso ser específico, porque eu estou me referindo a tudo. Para nós, nossas famílias, nossas vidas. Como é que vamos descobrir isso, Charlie? E como é que vamos fazê-lo sem descobrir coisas sobre o outro que vão nos chatear?"
Indo lá para o lado romântico da história e falando um pouco sobre a ligação de Charlie e Silas: Eles eram, e isso parecia não ser nenhum segredo, um casal com um relacionamento cheio de problemas, mas havia, sem sombra de dúvida, uma ligação bem forte entre os dois.
Eles não sabiam se isso era em razão deles só terem um ao outro no momento ou se eles sempre foram assim, mas em fotos, cartas e vídeos encontrados eles percebem que tinham realmente algo especial mesmo com toda a falta de compromisso que eles pareciam ter um com o outro nos últimos tempos.
"Nós eramos um nós, Charlie. E puta merda, eu posso entender por que."
Os dois não querem se distrair da missão principal: descobrir o que aconteceu para perderem a memória mas, por mais que eles demorem um certo tempo para dar o braço a torcer, os dois ainda se amam, ou começaram a se amar de novo e, depois que Silas acredita que talvez recuperar a memória não seja tão possível assim, ele se dá uma segunda missão: reconquistar Charlie.
"- Você acha que pode fazer com que eu goste de você de novo?
Eu olho para ela e balanço a cabeça minimamente. - Não. Vou fazer com que você se apaixone por mim de novo."
Em uma noite em que Charlie e Silas decidem sair pelas ruas de Nova Orleans e criar novas memórias, Charlie tem a ideia deles fazerem uma consulta com uma cartomante. Silas não gosta muito da ideia, mas concorda acreditando que isso possa ajudar Charlie de alguma forma. Foi aí que as coisas começaram a ficar bem estranhas e eu comecei a ficar bem nervosa porque o livro estava começando a ficar sem um número de páginas restantes suficientes para qualquer final que eu pudesse imaginar.
Após essa noite Charlie não volta para casa e na manhã seguinte não aparece na escola. Preocupado, Silas vai até a casa de Charlie procurar por ela, mesmo sabendo que não é bem vindo por lá.
Sendo muito mal recebido pela mãe alcoólatra de Charlie, Silas encontra um envelope com o nome Charlie escrito na parte de cima.
O que tem dentro do envelope meus amigos? Nada mais, nada menos que várias cartas que Charlie e Silas enviaram para eles mesmo.
"Se você não sabe por que você está lendo isso, então você esqueceu tudo. Vocês não reconhecem ninguém, nem a si mesmos.
Por favor, não entre em pânico, e leia essa carta na íntegra."
A carta explicava que aquilo já havia acontecido antes, além de conter informações que eles precisavam se lembrar e ter uma observação para que eles anotassem sempre coisas que fossem importantes ao receberem esta carta, para descobrirem porque a perda de memória começou a acontecer.
Existiam várias cópias da carta e eles programavam para receberem elas pelo correio levando em consideração o intervalo de tempo que eles levavam para perder a memória de novo. Sempre na mesma hora do dia, 48 horas depois de ter acontecido.
É então que Silas se dá conta de que em três minutos vai acontecer de novo. Depressa ele pega uma caneta e escreve no papel tudo o que Charlie e ele descobriram de importante.
Com toda a, digamos, adrenalina do momento e todas as perguntas que rondavam a minha cabeça, li as últimas linhas do livro apenas com uma cara de "cadê o final do livro?".
Assim como começa, o livro termina simplesmente no meio de uma ação, no ápice da história e com mil perguntas a serem respondidas, deixando, sem dúvida, qualquer leitor morrendo de ansiedade para ter a continuação (que ainda não foi lançada aqui no Brasil) em mãos.