{Resenha} A Garota Dos Olhos Azuis - Karin Slaughter


Autor(a): Karin Slaughter
Editora: HarperCollins Brasil
Ano: 2016
Páginas: 68
ISBN: B01DC81BRM
Onde baixar: Cultura | Amazon
Sinopse: Uma linda garota caminha pela rua quando, de repente...Julia Carroll sabe que muitas histórias começam assim. Bonita, inteligente, dezenove anos e recém-chegada à faculdade, ela deve tomar cuidado. Mas, mesmo com todo cuidado, ainda está apavorada, porque várias meninas estão desaparecendo.Uma colega sua, Beatrice Oliver, desapareceu. Assim como uma moradora de rua chamada Mona-Sem-Nome. As duas sumiram no meio da rua, sem deixar vestígios.Julia não quer ser a próxima... Sua única saída é descobrir as razões por trás desses mistérios."A Garota dos Olhos Azuis" é um emocionante e inesquecível prequel do best-seller da autora Karin Slaughter, "Flores Partidas".

"A Garota Dos Olhos Azuis" foi um livro achado muito por acaso por mim. Lá estava eu olhando os livros no iBooks e lá estava ele, dando bandeira de graça. Decidi baixar e logo comecei a ler.
O livro tem poucas páginas e é super rápido de ler, o que pode levar algumas pessoa a acreditar que o livro não é lá grande coisa mas, na minha humilde opinião, ele trata de um assunto muito forte de uma maneira bastante interessante. 

O livro é um prequel (uma obra narrativa que contém elementos ambientados no mesmo universo ficcional, cuja história antecede ao trabalho anterior, apresentando eventos que ocorreram antes da obra original) do best-seller "Flores Partidas" da autora Karin Slaughter, livro que eu ainda não li e nem mesmo tinha ouvido falar antes, mas que agora com toda certeza tenho interesse em ler.

"A Garota Dos Olhos Azuis" narra a história de Julia Carroll, uma jovem de 19 anos, estudante de jornalismo em uma universidade de Geórgia, Athens. Julia também escreve para o jornal da escola e trabalha como ajudante em um abrigo para moradores de rua.

Entre as características de Julia a mais gritante é a sua beleza, que não passa despercebida a nenhum ser humano que coloca os olhos nela mas, levando em consideração os últimos acontecimentos, essa beleza já não agradava Julia, muito pelo contrario, era mais um dos elementos que a deixava assustada.

"As pessoas faziam suposições a respeito de garotas bonitas. Elas eram vacas frias e vingativas que sempre recebiam o que mereciam nos filmes de John Hughes."

Claro que Julia tinha seus motivos para estar assustada ou com medo. Bastava levar em consideração os relatos de meninas que estavam desaparecendo.
Primeiro Beatrice Oliver, uma menina que saiu para comprar sorvete para o pai que estava com dor de dente e nunca mais foi vista, depois Mona-Sem-Nome, uma moradora de rua que frequentava o abrigo em que Julia trabalha e que simplesmente desapareceu.

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Para Julia todos esses casos tinham uma suposta ligação. Ela se perguntava quem teria levado essas meninas. Teria sido a mesma pessoa? Elas estariam vivas? Presas em algum cativeiro? Elas haviam sido pegas por algum homem na rua e jogadas para dentro de um van preta?
A única certeza que Julia tinha era que essas meninas eram todas bonitas, atraentes e jovens, assim como ela.

Em grande parte do livro dá para compartilhar da mesma tensão que Julia sente. Por mais que ela seja cuidadosa para não ser a próxima menina desaparecida, a todo momento eu fiquei com a sensação de que na próxima página ela seria de fato mais uma dessas meninas.
No meio desse turbilhão de emoções ainda havia espaço para mais um. Julia, seu namorado Robin e o grande dilema da virgindade.

"Julia se sentiu abalada por uma ideia. Beatrice Oliver também era virgem? A pessoa que a levou (e que a mantinha) seria a primeira pessoa com quem ela faria sexo? Seria a última pessoa também?"

Julia então decide escrever uma matéria para o jornal da escola, abordando esses desaparecimentos. Ela queria mostrar a todos que aquele acontecimento ainda era notícia, não havia se perdido. Julia sentia necessidade de falar sobre esse assunto que, na época em que a história acontece (1991), ainda não era comum nem ser citado o nome. Ela queria, talvez, ser a voz de todas as vítimas que permaneciam caladas.

Deixo bem claro que, envolta em um clima de suspense, comecei a desconfiar de vários personagens, principalmente do professor que gostava de convidar suas alunas para tomar café depois das aulas e deixar bem claro que ele morava perto do campus. 
As alunas costumavam dizer para as calouras que elas jamais gostariam de ficar sozinha com ele.

"Independente do que tivesse acontecido, uma parte de uma garota não desaparecia automaticamente quando algo assim ruim acontecia? Um estuprador não levava embora a garota - ou mulher - que ela era e a substituía por alguém que sentia medo o resto da vida?"

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O livro termina de uma forma, não inesperada, mas com uma sensação de fracasso total, com um acontecimento que, pelo menos por mim, já havia sido previsto e nada poderia ser feito para ele ser mudado. Já havia sido escrito daquela maneira.

"A Garota Dos Olhos Azuis" é um livro bom, apesar do tema pesado. Faz com que os leitores pensem. Não é só uma história a ser lida, é uma história que cutuca, incomoda, tira da zona de conforto. Faz a gente abrir os olhos para uma realidade que ainda é, infelizmente, muito real e que muitas pessoas ainda fingem não enxergar ou que, pior ainda, agem como se já fosse algo normal na sociedade (contanto que esteja do lado de fora do muro das suas próprias casas).

Lendo "A Garota Dos Olhos Azuis" me lembrei do livro "Vamos Juntas?" da autora Babi Souza, que aborda uma pequena-grande dificuldade de todas nós, mulheres. Acredito que apenas nós conhecemos a sensação de alívio que é olhar para trás quando estamos voltando para casa a noite e vemos que quem vem atrás de nós é outra mulher.



Toda mulher já se sentiu insegura na hora de sair sozinha na rua. O risco de ser abordada, perseguida ou assediada é uma realidade. Mas, um dia, uma moça chamada Babi Souza teve uma ideia simples e revolucionária: da próxima vez em que você estiver sozinha, olhe para os lados. Pode ter outra mulher andando na mesma direção. Por que não vão juntas?Logo, o movimento "Vamos Juntas?" conquistou moças em todo o Brasil, se tornando um símbolo de união feminina e feminismo, na defesa por direitos iguais entre homens e mulheres. Aos poucos, muitas mulheres mudaram sua forma de enxergar o dia a dia e a moça ao lado. Além de dados sobre o feminismo, que mostram como ainda há tanto a ser conquistado, este guia traz relatos de mulheres que aprenderam, junto ao "Vamos Juntas?", a enxergar companheiras umas nas outras. A se unir, ao invés de rivalizar.

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